Ações de mediação literária na biblioteca:
de Angra para o Rio
Tatyanne Valdez*
A literatura é uma
arte que proporciona encontros, aproximações, emoções, encantamentos e
conhecimento. Por isso, as ações de mediação da leitura literária devem
ter um destaque especial nos espaços que oferecem o acesso ao livro e a outros
suportes informacionais. Para Petit
(2009, p. 58) o gosto da leitura deve muito à voz e ainda, “se nenhuma receita
garante que a criança lerá, a capacidade de estabelecer com os livros uma
relação afetiva, emotiva e sensorial, e não simplesmente cognitiva, parece ser
de fato decisiva”.
Neste
sentido, a biblioteca do Colégio de Aplicação da Universidade Federal do Rio de
Janeiro (CAp/UFRJ) possui como missão a fomentação da leitura e da escrita,
como também agregação de valores culturais no que se refere ao conhecimento dos
alunos. É diante dessa perspectiva que a literatura passa a ser uma ponte que
une a biblioteca e toda a equipe SPASophia, que de Angra para o Rio,
compartilha os seus ideais sobre sustentabilidade, educação ambiental e
incentivo ao hábito de ler. Essas temáticas são essenciais para a formação dos
discentes, cuja difusão torna-se cada vez mais relevante no contexto escolar.
Deste modo, a biblioteca do CAp/UFRJ convidou os professores das três turmas do
primeiro ano do ensino fundamental para juntos receberem a oficina de máscaras
e uma apresentação teatral – “Sophia em aventuras na biblioteca”[1].
Descrever
essa atividade é poder relembrar os momentos prazerosos compartilhados com as
crianças. Foi possível perceber os olhares curiosos na porta da sala de aula; como
também, observar que a felicidade resplandeceu em seus rostos quando viram a
sala atrativamente arrumada, à espreita dos pequenos artistas: as mesas
forradas com plástico coloridos, pinceis e tintas, aventais à espera para serem
vestidos e assim revestirem de alegria uma tarde inesquecível para os alunos.
Antes
do começo da oficina, foi realizada uma apresentação do projeto “Sophia, ler
também diverte” que possibilitou um diálogo entre os alunos, professores,
bibliotecários e “oficineiros”. Desta maneira, ouvimos o que eles gostam de
ler, de dramatizar e se um dia já brincaram com papelão, um tipo de material
reciclado que pode ser usado de forma lúdica, e assim aconteceu com os alunos.
Eles puderam pintar as máscaras de animais e da personagem principal, momento
marcante para a vida escolar já que Sophia é uma sábia menina que gosta de ler
e se divertir com os livros!
Após a
oficina, os alunos foram presenteados com uma deliciosa surpresa que dá vida ao
texto escrito: uma peça teatral. Dessa forma, as crianças sentadas no tablado,
esperaram a peça começar e apreciaram o cenário, feito de papelão e tecido,
concebido para os fantoches. Em seguida, Sophia apareceu caracterizada como nas
histórias em quadrinhos, juntamente com os outros personagens que abrilhantaram a apresentação. O sorriso, a emoção, a interação e as
palmas marcaram o final da tarde de dezenove de agosto de 2014, um dia que além
de único foi inesquecível para a comunidade acadêmica do Colégio de Aplicação
da UFRJ.
Alunos, equipe SpaSophia, bibliotecárias e professora na
oficina de máscara - CAp/UFRJ
Referências:
PETIT,
Michèle. A arte de ler ou como resistir
à adversidade. São Paulo: Ed. 34, 2009.
*Tatyanne Valdez, bibliotecária e contadora
de histórias. Formação de teatro pela CAL, Bacharel em Biblioteconomia pela
UNIRIO, trabalhou na Biblioteca Pública de Angra dos Reis e atualmente está na
Biblioteca do CAP/UFRJ. Pós-graduada em Formação de Leitores e mestranda em
Biblioteconomia pela UNIRIO. Membro correspondente do Ateneu Angrense de Letras
e Artes. Possui o blog: http://bibliotecaearte.blogspot.com
[1] Sophia é uma personagem que
adora contar histórias. Foi criada por Denise Constantino e Carmen Amazonas. Fonte:
http://www.asaventurasdesophia.blogspot.com.br
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